Alunos da Escola Floriano Peixoto buscam solução para o lixo da cidade

Terça, 26 de Maio de 2015

Qual é a história do lixo produzido na cidade? Como é o comportamento dos moradores em relação ao lixo que produzem? Como os moradores cuidam dos espaços públicos e onde vivem? Estas são questões levantadas pelos alunos da Escola Municipal de Floriano Peixoto e que eles vão tentar responder, a partir deste mês.
Tendo como tema central o lixo, os alunos de 3º, 4º e 5º ano foram a campo buscar as respostas. O primeiro grupo percorreu as ruas da cidade e as comunidades do interior para observar como os moradores descartam o lixo que produzem. O segundo visitou alguns departamentos públicos, como a garagem de máquinas e equipamentos da Prefeitura, para descobrir como são guardados e reaproveitados pneus e outros itens; e o terceiro grupo, visitou uma empresa recuperadora de materiais localizada no interior de Floriano Peixoto.
Os alunos de 5º ano que visitaram a recuperadora ficaram impressionados com a quantidade de materiais que são reciclados. Para a estudante Dhiovanna Norma Lorenzi tudo foi novidade. “Eu não tinha ideia de que as pessoas desperdiçam tanto material. Precisamos reaproveitar em vez de jogar fora”, assinala a estudante.
De acordo com o gerente da empresa, Fernando Adams, são recebidas cerca de 30 toneladas por mês de material reciclável, e destas, apenas 20 são beneficiadas. “O restante é descartado ou porque não dá para reutilizar em função de ser um plástico comum, ou por que foi contaminado pelo descarte inadequado. Apesar de representar um alto custo para a indústria, este tipo de material tem uma grande demanda de mercado. Temos excesso de matéria prima, porém faltam empresas especializadas no seguimento”, salienta Fernando. A empresa instalada há três anos em Floriano Peixoto recebe material de Porto Alegre, Novo Hamburgo, e demais cidades do Estado. Beneficia e transforma o material em embalagens para produtos de limpeza, caixaria e tubetes para mudas de plantas. A produção é revendida para empresas de Erval Grande, São Domingos e Arroio do Meio.
Os alunos do 1º e 2º anos também participaram da atividade com a construção de maquetes e trabalhos em sala de aula. De acordo com a diretora da Escola Danieze Mazureck a ideia é envolver todos os alunos e as famílias, tornando-os cidadãos conscientes quanto à realidade. “Eles precisam desde cedo aprender a cuidar da natureza e contribuir para a diminuição na produção de lixo em nossa cidade”, pondera a professora. Segundo ela, o trabalho ainda não acabou, “pois agora eles vão trabalhar em busca de alternativas que possam amenizar o problema na escola, em casa, enfim, nos diversos ambientes por onde passarem”, explica.
A iniciativa é uma das primeiras ações práticas do Programa “A União Faz a Vida”, em andamento nas escolas municipais, há 2 meses, através da parceria com o sistema cooperativo Sicredi. A metodologia pedagógica que guia o programa prevê que os projetos sejam executados, a partir da expedição investigativa, construindo o conhecimento através da curiosidade dos próprios alunos.

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Fonte: Assessoria de Imprensa de Floriano Peixoto